Oi, pessoal.
Com ares matinais, passarei o dia a comemorar o aniversário do meu pai. Que direi de uma pessoa como ele? Sábio da palavra. Mestre da vida. Ensina a verdade, sendo verdadeiro; O amor, amando; A importância da vida, sendo inteiro aos instantes.
Dedico este post a ele. Com um texto de Lin Yutang, chamado O que se deve fazer e uma fotografia de Jean Philippe Charbonnier, chamada O segredo, da mesma coleção de fotografias chamada Instantâneos da Felicidade, que falei aqui.
“É absolutamente necessário que as flores tenham borboletas, que as colinas tenham fontes, que as rochas tenham musgo, que a água tenha plantas aquáticas, que as árvores altas tenham lianas enredadas e que os seres humanos tenham passatempos.
Deve-se gozar das flores em companhia de belas mulheres, embriagar-se ao luar em companhia de encantadores amigos, e gozar do espetáculo da neve em companhia de inteligentes sábios.
Plantar flores serve para convidar as borboletas, amontoar rochas serve para convidar as nuvens, plantar pinheiro serve para convidar o vento, ter um tanque serve para convidar as algas, construir um terraço serve para convidar a lua, plantar bananeiras serve para convidar a chuva, e plantar salso serve para convidar as cigarras.
Sempre se obtém um sentimento diferente quando se olham as colinas do alto de uma torre, quando se olha a neve de uma muralha, quando se olha a lua à luz de uma lâmpada, quando se olham as nuvens de um bote, e quando se olham as mulheres formosas num quarto.
As rochas contíguas a uma ameixeira devem parecer antigas, as que estão perto de um pinheiro deve parecer rústicas, as que estão junto de bambus devem parecer gráceis e as que estão dentro de um tanque devem parecer estranhas.
As águas azuis vem das verdes colinas, porque a água tira a sua cor das colinas; os bons poemas vem de perfumados vinhos, porque a poesia extrai a sua inspiração do vinho.
Quando se encontra um espelho com uma mulher feia, quando uma pedra preciosa encontra um dono vulgar, e quando uma boa espada está em mãos de um general ordinário, então não há absolutamente nada que fazer.”
Beijos saudosos, pai.
Com amor, J.